quarta-feira, 13 de março de 2013

As paixões humanas e os desejos do cristão.

     As paixões humanas de todos nós são bem conhecidas: filmes e tv, esportes e lazer, jornais e revistas, churrascos e praia, amigos e namoros, casamento e familiares, igreja e filosofias, trabalho e dinheiro, ócio e descanso, etc e etc, e etecetera. A lista vai longe. Tão longe quanto tudo que iremos ver e vivenciar nos quase 300 dias que restam no ano, e que também viveremos nos anos que ainda virão. Haja paixão!

     Em meio a tantas humanas paixões, que acompanham igualmente todos os seres humanos; surgem também, os desejos do cristão. Pois o cristão também convive com os filmes e o lazer, com os jornais e a praia, com os namoros e o casamento, com o dinheiro e o descanso, e etc e etc. Enfim, o que se percebe é que as paixões comuns à humanidade também se tornam desejos comuns aos cristãos - uma aproximação de interesses que muito preocupa o povo de Deus. 

     Portanto, já que as paixões humanas movem os desejos do cristão, resta ponderar alguns princípios e possibilidades a fim de que esta realidade existencial dos humanos cristãos se encaminhe por rumos saudáveis e equilibrados a todos que desejam viver a vida com fé em Jesus. 
     O primeiro principio é que as paixões "proibidas" não são os sentimentos e interesses humanos, mas sim, de um lado - as paixões "carnais pecaminosas", e de outro - as "paixões". Não, não é tudo a mesma coisa. 

     Aprendendo com Deus a partir de seu ensino fundamental - Bíblia, atentamos para algumas "paixões carnais pecaminosas" - e portanto proibidas, conforme a carta de Paulo aos Gálatas, cap 5, versos 19 a 21: "Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti: Aqueles que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus." 
     Dentre tantas outras, são estas algumas das paixões possíveis aos homens que nos impedem tanto se aproximar de Deus quanto junto d`Ele permanecer - o que torna a vida atual insuportável e a vida eterna uma maldição, pois é "vida" sem Deus.  

     Neste sentido, quando os interesses de nosso coração e alma surgem desejando intimidade sexual legítima, mas se tornam imoralidade sensual; é que vivenciamos as tais paixões carnais pecaminosas - que não produzem vida (e eterna), mas destruição (Gálatas 6.8). É o princípio da colheita, pois o que for semeado iremos colher. Portanto, sempre que um interesse ou paixão comum aos homens se transformar em um sentimento ou prática contrários ao caráter de Deus; morremos - na alma hoje e depois tudo junto, no corpo também. 

     No entanto, e aí vêm o segundo princípio, sabemos que o cristão também tem as paixões humanas e os desejos de todo mundo. Porém, inicialmente, o problema não é este. Mas sim, a direção e vivência com que iremos experimentar os interesses de todos nós. Qualquer ser humano irá experimentar as paixões que tem e os interesses que busca, conforme as possibilidades que se apresentam e segundo os ganhos e satisfação que se alcança. Neste processo, a imoralidade pode ser somente um valor cultural e a idolatria será ensino meramente religioso, e os ciúmes são normais e a embriaguez faz parte do cotidiano. "Deixa a vida me levar...".
     Não será assim entre os cristãos.

     Diante do desejo de intimidade o cristão irá prescrutar a experiência da imoralidade. Perante o ato de adoração o cristão irá atentar para a possibilidade da idolatria. Conforme o coração reage na emoção o cristão irá prestar atenção ao surgir de egoísmos e dissensão. E destas experiências, irá o cristão se afastar. 
     O segundo princípio, então, ensina a realidade de paixões humanas que são igualmente desejos do cristão, porém; tornam-se sentimentos e experiências viáveis somente a partir da orientação da Palavra de Deus. É a partir disto que o interesse sensual e o desejo sexual poderão, abençoadoramente, gerar intimidade relacional e dedicação personal moralmente edificadoras na experiência dos cristãos. Eis a paixão humana que se tornou desejo cristão redundando em experiência abençoada de satisfação. 

     Finalmente, percebe-se que a satisfação da vida dos cristãos está no temor que faz buscar o que Deus orienta e faz afastar o que Deus proibe. Mas o problema não está nas paixões ou interesses humanos, e sim, nas "paixões carnais pecaminosas" - algo bem diferente. 
     O caminho da (boa) satisfação dos interesses e desejos dos cristãos, depende portanto, tanto do conhecimento da Palavra de Deus quanto do temor à presença do Espírito Santo. Precisamos atentar e logo perceber quando nos afastamos da prática da Palavra de Deus e também quando nos afastamos da presença do Espírito Santo. Pois são estas as maneiras, racional e experiencial, pela qual Deus nos ensina a viver junto d`Ele; ou "morrer" d´Ele distante. 

     Outro princípio a ser estudado é quando os interesses e desejos não são contrários a Deus - como o são as paixões carnais pecaminosas, mas, no entanto, se tornam corrompidos ao se tornarem "paixões" incontroláveis - ou seja, interesses desorientados não em seu princípio de orientação, mas em sua vivência de desequilíbrio. Eis para nós, um próximo tema. 

     Por ora, não devemos fugir dos interesses e paixões humanas de toda nossa raça, mas sim, aprender e apreender a reconhecer no estudo da Palavra e na vivência com o Espírito Santo; quando é que estamos nos distanciando dos (bons) propósitos de vida satisfatória que Deus tem para toda a humanidade - realização que consuma eficazmente na vida dos cristãos. 
     
   

   

   

     

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